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O artigo começa assim: “Dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo não têm o aos medicamentos para dor, seja pela indiferença das autoridades em relação a esse problema, seja por restrições legais e istrativas ao emprego de analgésicos essenciais como os opiáceos. Em um relatório publicado em junho de 2011, a organização Human Rights Watch (HRW) lembrava que 60% das pessoas que morrem a cada ano nos países de renda baixa ou média, ou seja, a desconcertante cifra de 33 milhões de pessoas, precisam de cuidados paliativos. A ONG calculou que mais de 3,5 milhões de pessoas afetadas por algum tipo de câncer ou pela Aids em estado terminal morrem a cada ano sem tratamento adequado contra dor”.
Desta vez não se fala do Brasil, mas quem trabalha no nosso país com doentes que têm a dor como companhia de todas as horas, sabe o quanto estas cifras não estão longe de servirem também para nós.
O pouco conhecimento que têm médicos, enfermeiros, farmacêuticos, por exemplo, sobre o uso de morfina (um dos opióides) como tratamento barato, eficaz e seguro contra a dor é assustador. Nas escolas não se ensina, nos cursos de pós graduação também não, e os profissionais seguem cuidando muito mal de quem tem dor crônica…
As pessoas comuns também têm muito medo da palavra “morfina”: ela lembra droga ilegal, vício, traficante, morte…
É comum as pessoas se assustarem com a prescrição de morfina a um doente, porque muitas vezes elas ouviram dizer que só se dá morfina a quem vai morrer logo. Ou que quem toma morfina fica sedado o dia todo até a morte. Ou que logo o doente vai pedir por mais e mais comprimidos, porque ficou viciado…
É muito importante quebrar estes mitos, que não ajudam em nada aos doentes com dor crônica, e que são em número muito maior do que se imagina.
Vamos lá:
Eu realmente espero que mais e mais médicos se interessem em saber como as Associações de Combate à Dor, a ONU, a OMS e tantos outros órgãos internacionais ensinam a tratar impecavelmente a dor.
Números como estes do artigo machucam!!!