Antes mesmo de ter qualquer contato ou conhecimento sobre a alteração genética mais comum no mundo, na minha concepção a “tal” da síndrome de Down era algo assustador, ou melhor algo bem ruim e que trazia um sentimento de tristeza…afinal quando nos deparamos como alguma “síndrome” sempre correlacionamos (pelo menos para mim) com alguma coisa negativa, e ainda, fazendo “parceria” com a palavra “Down” (“Down” em inglês significa “para baixo”, “inferior”. Nem todo mundo sabe que esse “Down” é o sobrenome do médico inglês Jonh Langdon Down, que descreveu a condição em 1866), pronto!!! Quem em sã consciência gostaria de ter um filho(a) com essa tal alteração genética? 1zq6q
Essa associação que ainda temos da síndrome de Down com algo “ruim” persiste devido a diversos fatores, incluindo preconceito, exclusão, falta de informação e a criação de estereótipos (“rótulos”). Ainda, a falta de compreensão sobre as capacidades e habilidades de pessoas com a T21, somada à falta de apoio (inclusive da própria família) e oportunidades, contribui para essa visão negativa.
Acredito que a troca da nomenclatura vai colaborar significativamente em mais essa quebra de paradigma sobre a pessoas com a T21, e que principalmente vai reforçar o que realmente é importante: que as pessoas vêm antes da condição genética!! A nomenclatura, em um primeiro momento pode trazer sim um impacto bem negativo, porém, não basta apenas um trabalho de mudar a tão conhecida síndrome de Down para T21.
Inclusão precisa ser um compromisso de todos. Famílias, Escolas, Poder Público, profissionais da saúde etc. a mudança de nomenclatura é apenas o primeiro o em busca de um país e um mundo mais justo, mais inclusivo e com mais oportunidades às pessoas com a T21.
Eduardo Hideo Sato – Pai do Rafael Gomes Sato de 13 anos e que tem a T21 e idealizador e coordenador da 1ª equipe de Futsal Down do Sul de Minas, o @t21arenapark.