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Finanças públicas em péssimo estado, recessão à porta, corrupção brotando de cada conta pública para onde se voltem os olhos, crise de autoridade no Governo como nunca se viu no país, tragédias evitáveis se houvesse seriedade no governo e cobrança adequada na sociedade.
A natureza, nossa mãe ferida, rosnou mais uma vez o seu descontentamento. A seca castiga o país, incêndios pioram o clima, enchentes desalojam brasileiros que, de um momento pra outro perdem de vez a sua história.
Saúde e Educação, mais uma vez achincalhadas e atiradas ao lixo fétido do interesse escuso e nojento de quem sustenta que governar é mais fácil de se fazer sobre doentes e ignorantes.
Brasileirinhos recém-chegados ao mundo ganham cérebros pequenos, malformados e insuficientes para garantir o direito mínimo de todo cidadão, que é o o igual à cultura e à felicidade, apenas porque não se combate com responsabilidade um reles mosquito. Nem os governantes, nem a população.
Também tivemos ações que, embora tímidas e solitárias, prometem. Em São Paulo estudantes ocuparam escolas, construíram uma organização de resistência, elaboraram denúncias e apelos críticos e bem articulados, e com isso Davi mais uma vez derrotou Golias!
Mas é pouco, muito pouco.
Falta-nos muito, como sociedade, para tomarmos conta do nosso próprio destino.
Seja votando apenas em quem promete trabalhar pelos ideais comuns, seja acompanhando a ação dos políticos eleitos, seja discutindo, como se discute futebol aos domingos, os objetivos maiores e mais nobres de cada um de nós e não apenas aqueles da sobrevivência imediata…
Seja voltando a algo fora de moda, ou seja, ensinar aos filhos que se deve respeitar os mais velhos e mais experientes (ainda que nem todos os velhos sejam iráveis), que estudar é valioso e serve pra vida (ainda que ignorantes às vezes ascendam ao poder), que o esforço dá mais satisfação à alma do que o ganho fácil (ainda que o imediatismo pareça hoje ser a regra)…
Bem… a Esperança sempre renasce a cada novo ano.
Feliz 2016 a todos nós!