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É claro que a nossa cidade está bem longe dos palcos desse espetáculo e, desse ponto de vista, não há porque esperar por tensões graves em Itajubá.
De todos os lados se ouvem críticas, mais ou menos lúcidas, sobre as decisões do Brasil enquanto de preparava (?) para a Copa.
Acabo de topar com um blog chamado Geração de Valor e nele, um texto com o título “Uma fotografia dos dias que precedem a Copa”, do qual transcrevo alguns trechos, porque eu não diria melhor!
“Imagens dos protestos, greves e saques no Brasil se espalham por todo mundo. Embaixadas de vários países classificam o Brasil como um lugar muito perigoso e fazem recomendações a seus cidadãos que, caso assumam o risco de viajarem ao Brasil que tomem muito cuidado. Ler a cartilha com essas recomendações das embaixadas sobre o Brasil é ao mesmo tempo cômico e vergonhoso […] Não há espaço suficiente nos aeroportos para pouso e decolagens de jatos executivos, usados por empresários e autoridades que vão visitar o país durante o evento e nem para vôos comerciais adicionais que convivem rotineiramente com as incertezas do controle de tráfego aéreo […] Do outro lado da mesa está a população que, além de não ter dinheiro para comprar os ingressos dos jogos, diariamente lê as notícias escandalosas que são publicadas por todo o mundo, em vários idiomas, falando sobre a corrupção envolvendo dinheiro público nas obras dos estádios construídos em cidades que sequer terão equipes de futebol relevantes para usarem as arenas construídas a peso de ouro […] A revolta dos que vão para as ruas aumenta quando, em paralelo a todo este cenário, observa-se a péssima qualidade dos serviços públicos, como por exemplo, o caos nos hospitais istrados pelo SUS, a qualidade das escolas e o transporte público que trata a população como gado […] A Fifa, que perdeu a chance de tirar o evento do Brasil no ano ado – opções prontas para esta mudança não faltavam – a esta altura, arrependida por ter permanecido no Brasil, amarga o prejuízo de imagem e vai ter que encarar o ônus de ver os brasileiros, tradicionais amantes de futebol, contra a Copa […] O mundo inteiro teve uma aula ao vivo de como não se deve organizar um evento e principalmente, como não se deve ter a pretensão de sediar uma Copa num país com milhões que ainda vivem na miséria, sustentados por doações do governo, mas que continuam sem educação, saúde, perspectiva e o mínimo de dignidade […] Pelo visto, talvez, pela primeira vez na história desse país, a estratégia do pão e circo tenha saído pela culatra.”
Será???