Terceira Idade e Qualidade de Vida 5b2u17

Com os avanços tecnológicos nossa vida ficou muito facilitada. Agora não precisamos mais realizar funções que eram até então corriqueiras no nosso dia-a-dia. Ações como levantar do sofá ou da cadeira para poder mudar o canal da televisão, subir em uma cadeira para regular a temperatura do ar condicionado, acionar a manivela para levantar o vidro da porta do carro ou ainda andar 50 metros para ir a padaria. Mas para muitos a tecnologia é simplesmente maravilhosa! Levantar, andar ou acionar a manivela para que, se existe as facilidades da era moderna? Ou seja, a era dos botões! 3z86n

Porém, ao olharmos para trás poderemos perceber que mesmo que realmente sejam vantajosas as delícias da tecnologia, a mesma também trouxe consigo problemas para qualidade de vida da população, de forma geral. Por exemplo; juntamente com todo esse avanço tecnológico sugiram várias doenças, como é o caso da hipocinesia (hypokinetic Desease) também denominada de “DOENÇA DA CIVILISAÇÃO”, ou seja, o sedentarismo.

Assim, surgiram novas preocupações como qualidade de vida, bem estar e outras mais…

Opa espere ai! Se todos esses benefícios vieram para facilitar nossas vidas, mas por outro lado também prejudica – lá, onde fica então o benefício de tudo isso, ou seja, das vantagens da tecnologia?

Mas se você concorda somente com efeitos negativos advindos da tecnologia e decidir abrir mão de tudo isso, me desculpe, pois você está no tempo errado, pois já deixamos a Idade Média para trás a muito tempo!

Por outro lado para muitos ter dinheiro suficiente para realizar todos os desejos (carro novo e ou as facilidades tednológicas, etc…), é suficiente para uma perfeita qualidade de vida! Como para muitos a saúde é mais importante!

Voltando ao fato de que com o avanço da tecnologia nós ficamos e estaremos fadados a ficar cada vez mais doentes (hypokinetic Desease) ou hipocinesia, se não decidirmos mudar esta situação. Assim muitos se perguntam; O que devo fazer para aproveitar esses benefícios, mas também não abrir mão da minha qualidade de vida?

Antes de responder esta inquietante questão, vamos tecer alguns breves comentários sobre os possíveis problemas de saúde que surgem com o sedentarismo como: obesidade, doenças coronarianas, diabetes Melitus, etc. Antes de começarmos, creio que cabe neste momento a definição de alguns termos que se tornaram comuns no vocabulário nosso de cada dia. Assim, alguns destes termos serão definidos abaixo para melhor entendimento do assunto aqui tratado.

SEDENTÁRIO – classifica os indivíduos que se movimentam pouco no dia-a-dia.
QUALIDADE DE VIDA – sentimento positivo geral, um entusiasmo pela vida, capacidade para realizar as atividades diárias sem fadiga.
SAÚDE – é uma condição de bem estar que influência de forma positiva o comportamento. Existem várias definições para o termo saúde que vão desde o antigo “ausência de doenças”, à mais atual que é proposta pela OMS: “é o estado ideal de completo bem estar físico, psicológico e social”.
TREINAMENTO RESISTIDO – forma de exercício que utiliza resistência do próprio corpo ou extra para promoção do condicionamento do corporal.
OBESIDADE – pode ser classificado como o excesso de peso corporal principalmente representado pela gordura corporal. Quando classificada como mórbida, é associada a vários problemas de saúde.
DOENÇAS CORONARIANAS – doenças relacionadas ao coração
DIABETES MELITUS – considerada como uma doença metabólica que é caracterizada por um desequilíbrio do açúcar no sangue (glicose).

Agora vamos focar no tema principal, o idoso e a qualidade de vida. Para a OMS é a partir dos 60 anos de vida que se classifica a terceira idade. É sabido que com o ar dos anos nosso organismo a por processos naturais de envelhecimento, e esses processos afetam de forma marcante o nosso desempenho, levando-nos muitas vezes a incapacidade de realizar as tarefas cotidianas numa idade avançada. Não devemos esquecer que para realizarmos as tarefas cotidianas necessitamos de um determinado nível de esforço mínimo para que possamos realizá-las de forma segura, porém nem sempre, numa idade avança nos apresentamos aptos para realizá-las! O que acontece? Como isto se dá? São perguntas aparentemente simples, não para todos! Com o ar dos anos qualidades físicas importantes como: força, flexibilidade, equilíbrio e resistência, etc…, sofrem uma diminuição em função dos processos de envelhecimento. No geral podemos dizer que as qualidades físicas aumentam até por volta do trigésimo ano de vida para daí em diante diminuir de forma gradativa. Desta forma, para que possamos diminuir ou até mesmo aumentá-las, necessitaremos treiná-las por meio de exercícios adequados, regulares e bem orientados. Porém, quando falamos de terceira idade e a relacionamos com a qualidade de vida e as qualidades físicas, constatamos que as qualidades físicas de extrema importância para o bom desempenho das tarefas cotidianas são: a força, a flexibilidade, o equilíbrio e a capacidade aeróbica. Sendo assim, podemos afirmar que um indivíduo que se encontra na terceira idade apresentando estas qualidades físicas em dia (manutenção) se encontrará mais próximo de possuir uma boa qualidade de vida. Voltando ao sedentarismo, constatamos que quanto mais inativos permanecermos mais rápido acontecerá essa diminuição (das qualidades físicas). Não esquecendo que o fato negativo do avanço tecnológico é nos conduzir ao sedentarismo, nos tornando velhos cedo demais! Muito bem! O que devo fazer para minimizar estes efeitos naturais do envelhecimento?

Eu respondo! Faça exercícios.

Muito bem! Ai você me pergunta. Qual o exercício ideal, ou melhor, qual exercício que devo fazer?

Primeiramente vamos esclarecer alguns fatos.

Existe algum exercício proibido de ser executado?

Não existe exercício proibido e sim, pessoas que estão proibidas de realizarem algum exercício!

A musculação (treinamento resistido) é um tipo de exercício perigoso?

Definitivamente não!

Podemos afirmar categoricamente que a musculação é o exercício mais seguro que podemos executar, uma vez que durante a sua execução podemos controlar todas as variáveis envolvidas no mesmo como: intensidade, força, velocidade.

Faz-se necessário relatar que estudos científicos comprovam a eficácia do treinamento resistido para as mais variadas populações (obesos, diabéticos, cardiopatas e idosos).

Mas nunca se esqueçam! Só façam exercícios quando orientados por profissionais (gabaritados) da Educação Física.

Logicamente não se podemos esgotar o assunto em tão poucas palavras, mas com certeza haverá outras oportunidades para explorar o assunto.

Artigo escrito pelo professor do curso de Educação Física do Universitas Ronildo Antonio Martins que ministra as disciplinas de Educação Física para a Terceira Idade, Ginástica Esportiva, Musculação I e II, Treinamento Desportivo I e II e Prescrição de Exercícios para Crianças e Adolescentes. O professor é graduado em Educação Física (UNIFOA), Especialista em Musculação (FMU) e Ciência do Treinamento Desportivo (FMU) e Mestre em Ciências Biológicas (UNIVAP).